domingo, 27 de setembro de 2015

Os tolos de Anemolia.


Utopia, é um país fictício criado por Tomás Morus (Séc. XV). Em seu livro, Morus descreve o país e suas cidades, que basicamente seguem a mesma cultura. Utiliza a cidade de Amarouta para explicar como Utopia funciona em sua totalidade. 

Naquela cidade as pessoas se vestem de maneira simples, o ouro e a prata tem um valor secundário, muitas vezes utilizado para punir escravos. Quando estes se comportam de maneira inapropriada, são obrigados a usar coroas, anéis e pesados cordões de ouro. 

As pérolas são polidas e utilizadas pelas crianças, mas quando estas crescem logo se desfazem do objeto, como sinal de amadurecimento. 

O ponto interessante da narrativa, é justamente quando autoridades de outros países visitam Amarouta. Os que já conhecem o local, vão de maneira simples. Mas havia representantes de um país chamado Anemolia, que jamais tinham visitado Utopia. Ouviram apenas dizer que as pessoas se vestiam de maneira mais simples. 

Assim, pensaram que se tratava de um país de poucas condições, razão pela qual, trajaram-se de suas mais suntuosas vestes e puserem em si os mais pesados adornos de ouro, pérolas e toda a sorte de pedras preciosas, as quais lhes eram extremamente valiosas. 

Porém, ao chegar em Amarouta juntamente com um séquito de 100 homens, os embaixadores anemolianos tiveram uma recepção oposta da que imaginavam. Os que estavam trajando vestes parecidas com os de Amarouta, eram reverenciados como autoridades, ao passo que nenhum cumprimento fora dirigido aos embaixadores por se imaginar que eram escravos. As crianças riam ao ver que ainda usavam pérolas. Verdadeiramente, tolos. 

Quem pensa e faz missões, já se deparou com situações de completo choque cultural. Por isso é tão importante escolas preparatórias, pois o ponto alvo é cumprir o IDE, espalhar a boa nova de Salvação pelo mundo. 

Porém, a Grande Comissão tem sido retardada ou prejudica por aqueles que, até tem a boa vontade, mas fracassam por uma ideia de primeiro repassar sua própria cultura, sem respeito ao modo de pensar e viver de determinados povos. 

Se algo está em desacordo com a palavra de Deus, não cabe ao homem o poder de convencimento, ou de aculturação, mas através da palavra perfeita que nosso Pai nos deixou, o seu Espírito age e transforma.

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