sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Julgando doutrinas NeoPentecostais que nos encantam. Ou: o caso da Pombinha dizimista - Parte 2

Judson Brito
Eu pensei que já tinha ouvido de tudo nesse mundo Gospel, mas quando menos esperamos, eis que surge o que poderia ser o pior. Mas como o homem está no domínio, é bem capaz de coisas ainda mais aterradoras surgirem.

Nunca fui contra as ofertas na Igreja, já quanto ao dízimo... houve um tempo em que fiz confusão, fui confuso, mas hoje já tenho minhas definições. 

Só tenho um pequeno problema com a nova “moda” dos ‘paletós de fogo’: a palavra da oferta! Como senão fosse suficiente as aberrações que eles fazem com a Palavra de DEUS, ainda é dado um tempo durante o culto para que eles façam um apelo para que o crente saia do seu lugar para ofertar!

Deve ser um novo ministério da nova revelação de DEUS, só pode! Fui a reuniões em que tais“palavras” duravam 30 ou 40 minutos enquanto a Pregação Oficial era de 15 a 20 minutos. Sem falar que o pregador parecia ter menos unção se comparado ao que pediu a oferta.

Se as coisas parassem por ai, eu até me conformaria (lógico que não!), mas as coisas só pioram! Pois além do tempo que é deduzido da pregação, eles conseguem dizer oque a Bíblia não diz ou forçam a Bíblia a dizer o que nunca disse!

O exemplo mais esdrúxulo que ouvi (mas tenho medo de que haja piores!) foi do texto de Gênesis 8:10,11, quando Noé solta uma pombinha para saber se as águas do dilúvio haviam baixado. Como era a “palavra da oferta”, parece que o desafio é: “Faça o texto dizer o que ele não diz para fazer o povo ofertar!” e foi justamente o que o foi feito.

O irmão foi verborrágico:“...assim como a pombinha foi grata a Noé pelo tempo de cuidado na arca e agradeceu a ele ofertando um galhinho de oliveira, o que você entregaria a DEUS pelo que ele tem te feito?...”

[pausa para choque seguido de choro...]

Não quero terminar esse texto com a ideia de “falar mal de pregador”, mas é justo deixar esse tipo de “pregador” continuar com esse tipo de “pregação”? não estou falando de falta de unção de DEUS, ou falta de oração, precisamos de ousadia para fazer “tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém...” (Tito 1:11)

Mas alguém vai pensar sobre que não devemos julgar ou amar/ter compaixão de tal pregador. E eudiscordo e concordo!

1.      Devemos julgar sim. A Palavra de DEUS não é de individual interpretação (principio de 2Pedro 1:20,21), ou seja, não pode haver(e não há) uma doutrina em Gênesis que nada tem a ver com Apocalipse ou o anula. Logo, se a Palavra dita pelo Pregador não tem veracidade bíblica, nem se apoia nas Doutrinas ou fere a Teologia Bíblica deve ser rechaçado.

2.      Devemos amar sim e ter compaixão. Não devemos julgar a pessoa, mas a sua atitude. Jesus não julgou a prostituta que seriaapedrejada muito menos os que a apedrejariam, mas ELE julgou a ação de todos: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela...Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João 8:7,11), se não houvesse julgamento, não haveria absolvição da pecadora (perdão de pecados) nem o reconhecimento da falsa justiça dos Escribas e Fariseus. E mais compaixão é mostrada quando eu evito que mais pessoas sejam convencidas por uma heresia,mesmo que seja de uma simples pombinha dizimista.

Finalmente,peço a DEUS que dê sabedoria ao leitor para que julgue esse texto e que,através do estudo da Palavra de DEUS, faça calar os que falam em demasia e sem sentido nos nossos púlpitos, usando o amor em todo o tempo. (1Coríntios 13)

Na Paz do SENHOR, que tem Aliança com SEU povo e vai julgar os que falam demais.(Jeremias 23)
Judson Brito,tentando falar apenas o suficiente.

(confira anota “Não julgueis”. Ou: Doutrinas NeoPentecostais que nos encantam, sim Encantam - Parte 1 - http://tinyurl.com/o8k7svj )

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