segunda-feira, 29 de junho de 2015

Mesmo que Deus pareça distante

Etty Hillesum era uma jovem judia que vivia em Amsterdã nos idos de 1942, quando os nazistas intensificaram a perseguição aos judeus, prendendo-os e arrastando-os para os campos de concentração. Etty sabia que era uma questão de tempo para sua inevitável prisão e banimento. Temendo o futuro desconhecido e sentindo-se sozinha, ela começou a ler a Bíblia, e teve um encontro com Jesus, conhecendo-o como seu único e suficiente Salvador. Ela colocou sua confiança em Deus, encontrando coragem e esperança incomuns.
Etty escreveu em seu diário: “A destruição cai sobre nós de todos os lados; breve o círculo se fechará e ninguém poderá vir em nosso socorro. Entretanto, não sinto que esteja em poder de qualquer pessoa. Sinto-me segura nas mãos de Deus. Seja sentada em minha escrivaninha no bairro judeu ou num campo de trabalhos forçados sob a vista dos guardas da SS, me sentirei segura nas mãos de Deus. Pois uma vez que você começou a caminhar com Deus, só precisa continuar andando com Ele, e toda a vida torna-se um longo passeio”.
Para Etty Hillesum, mesmo diante do perigo e da morte iminentes, Deus não lhe parecia estar de modo algum distante. Diferentemente do que costumeiramente presenciei durante o meu ministério pastoral, quando tive a oportunidade de aconselhar inúmeras pessoas que se sentiam conturbadas por acharem que Deus parecia estar distante, sem se preocupar com suas necessidades pessoais, enfim, com nada que fizessem ou deixassem de fazer. Deus não somente parecia longe, mas também totalmente silente. O resultado imediato disso é que essas pessoas tinham uma enorme dificuldade para se relacionar com Deus.
Alguns casos não eram particularmente fáceis de entender. Em outros casos, porém, a verdadeira razão logo aparecia: culpa, pecado não confessado, espírito de vingança, orgulho, vícios, ansiedade, e assim por diante. Nesses casos, era preciso haver confissão de pecado, restituição, perdão, enfim, o abandono completo de comportamentos destrutivos e o retorno humilde ao Senhor.
Vi muitas vidas serem restauradas, pois “as misericórdias do Senhor não têm fim”. E também: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).
No entanto, quando não havia nenhum pecado evidente, pois a pessoa mantinha a vida limpa e a submissão diária a Jesus como Senhor, lia a Bíblia e orava persistentemente, o melhor conselho que eu podia oferecer era este: “Compartilhe com Deus o seu problema e mantenha o curso da sua vida normalmente. Espere no Senhor e continue a fazer o bem”.
A Bíblia apresenta o exemplo de algumas pessoas que enfrentaram problema semelhante, algumas das quais eram realmente santas e tementes a Deus. O profeta Jeremias, por exemplo, era reconhecidamente um homem de Deus, falava a Palavra de Deus, vivia para Deus. Ele marcou tão profundamente a alma da nação israelita que Jesus, cerca de 650 anos depois, foi comparado a ele (Mt 16.14). Talvez porque o povo via Jesus chorar por Jerusalém, tal como Jeremias, e fazia a correlação.
Mas Jeremias passou por momentos difíceis na sua relação com Deus, pois sentia como se Deus não somente estivesse distante, mas parecesse até mesmo ser seu inimigo. Numa imagem estonteante Jeremias descreve a sua angústia em relação a Deus (Lamentações 3.1-25).
Ele sentia como se Deus tivesse voltado contra ele a Sua mão (v.2). Ele clamava, mas parecia não ser ouvido (v.8). Sentia-se como se Deus o estivesse caçando (v.10). Via-se como motivo de escárnio do povo e objeto de suas canções (v.14). De tanto não ter paz na alma, chegou a esquecer-se do bem (v.17). Por fim, achou que a sua esperança no Senhor havia acabado (v.18). Mas uma coisa aconteceu: ao colocar a sua tristeza em palavras, Jeremias viu que uma luz penetrava na escuridão e restaurava a sua esperança no Senhor. Ele passou a fazer afirmações de fé e buscou trazer à memória o que lhe podia dar esperança (v.21).
E então ele concluiu: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (vs.21-25).
Não são poucos os que, por causa do silêncio de Deus, ou de Sua suposta ausência, carregam o fardo pesado da ansiedade. Mas é bom que percebamos que a ansiedade existe praticamente devido a fardos que assumimos como nossos, quando deveríamos colocá-los nas mãos de Deus. Grande parte das nossas preocupações pertence ao futuro (o que vamos fazer amanhã, ou na semana seguinte) e uma percentagem razoável tem a ver com as sobras do passado.
Quanto aos erros do passado, só resta confissão e abandono, e buscar o perdão do Senhor. Quanto às preocupações do futuro, é mister deixá-las aos cuidados de Deus; relaxar e seguir a orientação do Espírito: “Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá... lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (Sl 55.22; 1 Pe 5.7).
Se você pensa que Deus pareça distante, por causa da grandeza dos seus problemas, não se desespere. Confie em Deus, conte a Ele sobre tudo isso. Continue a fazer o bem, o que sabe ser correto. A luz de Deus irá penetrar na sua alma. E quando ela iluminar o seu coração, você verá que cresceu muito mais em razão da provação pela qual passou. E saberá que Deus sempre esteve perto e cuidando de você.
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Assista às palestras do curso Ministério Pastoral - AO VIVO - 22 à 24 de junho

Programação

Programação

Conteúdo Programático

Primeiro Dia Data de gravação: 22/06/2015 Professores: Heber Campos, Tiago Santos e Sillas Campos
Segundo Dia Data de gravação: 23/06/2015 Professores: Deepak Reju e Franklin Ferreira
Terceiro Dia Data de gravação: 24/06/2015 Professores: Gilson Santos e Deepak Reju

Temas das Aulas

DEEPAK REJU

Aula 1 – Onde Começamos?
Antes de começarmos o processo de aconselhamento, quais são nossos alvos e o que mais precisamos considerer?

Aula 2 – O Encontro Inicial – parte 1
No encontro inicial, começamos estabelecendo uma conexão inicial e explorando a demanda.

Aula 3 – O Encontro Inicial – parte 2
Continuamos a conversa sobre o encontro inicial. Consideramos o que significa colocar a confiança em Cristo e que tipos de expectativas se deve ter.

Aula 4 – Trabalhando por Mudança – parte 1
Entre o começo e o fim, quais as características do “trabalho por mudança”? Consideraremos os elementos chaves, inclusive a obtenção de atualizações, trabalho de preparação e continuamos explorando a demanda.

Aula 5 – Trabalhando por Mudança – parte 2
Continuamos nossas conversas sobre o conteúdo de nossas reuniões de aconselhamento. Consideramos o que significa empregar estratégias redentivas.

Aula 6 – O Encontro Final Como Concluímos o Aconselhamento?
Como você sabe quando fechar o pacote? Consideramos dois elementos chave para a sessão final: a revisão de temas centrais do aconselhamento e o planejamento para um cuidado constante.

Aula 7 – Rumo a uma Cultura de Discipulado
Consideramos o que significa desenvolver uma cultura de discipulado na sua congregação.

GILSON SANTOS

Aula 1 – O Cuidado Pastoral
Referenciando-se, sobretudo, pela prática ministerial de Jesus Cristo, pretende-se definir aspectos do cuidado pastoral (pastoral care), tanto em sua dimensão pública (ou comunitária) quanto privada (pessoal).

Aula 2 – O Aconselhamento Pastoral
Busca-se definir e situar o aconselhamento dentro da prática poimênica, explicitar o seu alvo, as atitudes bíblicas fundamentais para o seu exercício, e a sua natureza dentro do ministério amplo no corpo de Cristo.

Aula 3 – A Maturidade Cristã
Busca-se definir biblicamente a maturidade cristã como alvo do aconselhamento pastoral, qualificá-la e estabelecer Cristo como paradigma de uma pessoa humana madura. Contrastar maturidade e estilos de vida egocêntricos, e situar os processos de conscientização e subjetivação como indispensáveis ao amadurecimento.

Aula 4 – Maturidade e Responsabilidade
Busca-se definir e relacionar o binômio maturidade e responsabilidade, definir e distinguir as reações humanas, e situá-las nos processos de conscientização e subjetivação.

Aula 5 – O Sigilo Ministerial e a Privacidade Informacional
Busca-se definir o sigilo da atividade ministerial e a privacidade informacional, identificar a legislação específica acerca de tais institutos jurídicos, e os limites éticos para a sua ruptura.

HEBER CARLOS CAMPOS

Desenvolverá suas aulas apresentando definições bíblico-teológicas do ofício presbiteral, fazendo a distinção entre o ofício bíblico e os dons para ministério. Suas aulas serão desenvolvidas em 4 temas, a saber:
Aula 1 – Dom de Governo
Aula 2 – Dom de Pastoreio
Aula 3 – Dom de Ensino
Aula 4 – Dom de Pregação

FRANKLIN FERREIRA

Suas aulas visam conceituar a catequese pastoral, ilustrando tal prática no ministério de Martinho Lutero e Richard Baxter e desafinado presbíteros e mestres a redescobri-la na atualidade. Seus temas serão os seguintes:
Aula 1 – Desafios do Contexto Urbano no Brasil/Discipulado e Catequese
Aula 2 – Martinho Lutero e a Catequese
Aula 3 – Richard Baxter e a Catequese I
Aula 4 – Richard Baxter e a Catequese II

SILLAS CAMPOS

Desenvolverá a noção de chamada para o ministério, apresentando seus elementos objetivos e subjetivos e oferecerá características bíblicas que devem marcar o ministério pastoral.
Aula 1 – A Chamada ao Ministério Pastoral
Como saber se você é negligente, intrometido ou chamado ao ministério pastoral.

Aula 2 – O Pastorado Saudável (ou 7 marcas do pastorado saudável)
Uma igreja saudável começa com um pastor saudável. Sete marcas da saúde pastoral.

Aula 3 – Verdades que o Pastor Nunca Deve Esquecer
Quatro princípios bíblicos e poderosos para fortalecer pastores em tempos de crise.

TIAGO SANTOS

Oferecerá um modelo bíblico do ministério pastoral, apresentando como paradigma o ministério do apóstolo Paulo em Tessalônica, com base em 1 Tessalonicenses 2 e 3.
Aula 1 – Um Modelo Bíblico de Pastorado
Um estudo sobre o trabalho pastoral de Paulo em Tessalônica.



quinta-feira, 18 de junho de 2015

Nasce a Assembleia de Deus. 18 de junho de 1911

Com um número tão pequeno, mas valoroso no Espírito, estavam lançadas as bases do movimento Pentecostal, cujas raízes se estenderiam por todo o solo brasileiro com o nome de Assembleia de Deus.

Aqueles irmãos que foram desligados da referida igreja Batista, juntamente com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, não recuaram.

Antes, convidaram os missionários para pastoreá-los, passando a se reunir em uma espaçosa sala na residência do casal Celina e Henrique Albuquerque.

A glória do senhor se manifestava naquele lugar entre o pequeno rebanho. Urgia, portanto, organizar o movimento.

Como eles não poderiam ficar de braços cruzados diante de tão grande mover do Espírito Santo, no dia 18 de junho de 1911, por deliberação unânime, foi fundada a missão de Fé Apostólica, posteriormente denominada de Assembleia de Deus.
 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Sessão solene em homenagem aos 104 anos da Assembleia de Deus em Belém.


A ALEPA (Assembleia Legislativa do Estado do Pará) realizou na manhã desta segunda-feira (15), uma sessão solene em homenagem aos 104 anos da Assembleia de Deus em Belém. Na ocasião, foi outorgada a Medalha do Mérito Evangélico Daniel Berg e Gunnar Vingren a Assembleia de Deus em Belém, na pessoa do Pastor Samuel Câmara, pela realização de serviços evangelísticos em favor da sociedade.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

#SacaSó Sexualidade. Sem Medo de falar!


Depois do #SacaSó Namoro, #SacaSó Apocalipse e #SacaSó Pedofilia, chegou o #SacaSó mais esperado de todos, o #SacaSó Sexualidade. O Primeiro com um subtítulo: Sem Medo de falar!

Depois dos últimos acontecimentos, profanação de símbolos religiosos na Parada Gay de São Paulo, e da repercussão de tudo isso (não foi esse o planejado, pois o #SacaSó Sexualidade já havia sido marcado com esse tema antes dos últimos acontecimentos), não tem como não falarmos isso neste #SacaSó.

Além da homoafetividade, o #SacaSó trará temas ligado a sexualidade como:

·         Pureza Sexual;
·         Vícios Sexuais;
·         Feminismo e Vulgarização da imagem da Mulher;
·         História da Sexualidade;
·         Profanalização do Sexo; e
·         Violências Sexuais.

Será neste sábado dia 13 de Junho, logo depois do dia dos namorados, na congregação da independência, que fica na Av. Independência entre Angustura e Mirandinha, no Bairro da Sacramenta.

Traga suas perguntas e faça parte dessa roda de esclarecedores.

domingo, 7 de junho de 2015

Congresso "A Glória"


Aconteceu nesse ultimo final de semana o congresso "A Glória". Textos oficiais: Ex 33: 18 e Hc 2:14


E o que dizer do congresso? Buscamos pela Glória de Deus! e Ela veio...


E veio....


E o Senhor trouxe muitas palavra...


E assim foi o congresso...