segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Evangelho se resume no amor

O chamado de Cristo não é para liderarmos, mas para servirmos. A primeira decisão a tomar é aprender a amar. Amor que se expresse através de serviço que viabilize a felicidade daqueles que a providência divina botou em nosso caminho.

O serviço cristão pressupõe amor. Por que cantamos, ensinamos, pregamos, lideramos? Porque temos interesse pela bem-estar das pessoas. Sem amor o trabalho perde o sentido, a canção o brilho, o serviço a espontaneidade, a pregação a originalidade.

Num certo sentido, não há congresso que ensine a amar. Forjar o ser é obra do Espírito Santo. Podemos falar sobre métodos de liderança, princípios de administração, técnicas de composição musical. Mas, amar vem do céu. Deve ser buscado.

Peça amor. Não queira ser grande pregador, exímio cantor, poderoso líder eclesiástico. Procure amar e servir. Aperfeiçoar seu talento para ser útil, em vez de famoso. Somente assim você não perderá sua alma na religião.

Pr. Antônio Carlos Costa

domingo, 22 de dezembro de 2013

Missão Integral? Ah, tá!

A missão é integral quando o missionário está agarrado no serviço, Não quando está promovendo conferências milionárias, nem viagens pra Israel e nem prometendo prosperidade aos que são fiéis nos dízimos e ofertas.
É quando a prática do missionário é tão constrangedora, que sem sequer conhecer Lausane, sua conduta remete aos princípios mais fundamentais de cuidado ao próximo. Seu campo missionário é o outro, não num futuro utópico e distante. Hoje!
 
O púlpito do missionário que entende a missão é as ruas. E não se achega até ele em carrões luxuosos se deliciando no ar condicionado. Não viaja o Brasil e o mundo só se for de avião promovendo atos simbólicos com ações para inglês ver.
 
É Tiago sendo mais atual do que nunca, quando nos desafia a mostrarmos a nossa fé sem obras, sendo que nossas obras deveriam naturalmente revelar nossa fé. Não precisamos de teóricos, gente que destila teoria e ganha espaço para difundir ideias mais pela amizade do que pela competência.
 
Não queremos ouvir histórias sobre jovens que fizeram coisas espetaculares. Queremos ouvir os próprios jovens!

Obras de verdade, não marketing. Projetos reais, com pessoas de verdade.
 
A missão é integral quando o missionário também o é.
Ariovaldo C. Junior

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um evangelho que não é de graça

Esses falsos profetas usam tanto as escrituras para enganar o povo. Mentem tanto para tirar a lã das ovelhas. Que as vezes eu fico pensando se Jesus Cristo se importasse com grana como eles pregam, como seria?

Se Jesus se importasse com o financeiro, ele teria cobrado por ter defendido a prostituta.

Teria mandando os doentes para o SUS ou pediria a carteirinha da Unimed.

 Se ele fosse adepto da teologia da prosperidade ele teria aceitado a proposta do diabo e se curvado a ele.

Teria exigido que o povo tivesse comprado o ticket para a distribuição dos pães na multiplicação. Venderia a receita de transformar agua em vinho e claro venderia o vinho também.

Se Jesus valorizasse tanto a grana teria esculachado a oferta da viúva e daria um cargo para o homem rico. Pediria também uma parte da restituição que Zaquel deu a quem tinha tirado.

Se fosse pra ele importante o real, Judas seria o seu apostolo predileto e amado, pois ele era o tesoureiro do grupo. Contudo diria a Judas a seguinte frase:" Nossa Judas Escariotes, só 30 moedas e ainda de prata?"

Se dinheiro fosse tão importante, ele cobraria pedágio no caminho, propina para dizer a verdade e não daria de graça a vida, muito menos a dele.

Se ele se importasse com grana, cobraria a sua parte nos lucros das vendas dentro do templo, feitas pelos mercenários.

Se o Jesus que esses falsos profetas e animadores de auditório pregam fosse o mesmo que eu conheço, ele teria dito: "Ide e pregai, mas cobrai por isso"

Se fosse o mesmo que eu busco, teria dito: "Eu vou preparar lugar pra vocês, mas ninguém vai morar de graça, não, viu!"

Se dinheiro você a base de tudo, ele teria pago o preço que pagou na cruz com ouro e não com o seu próprio sangue.

E por fim se fosse mais importante a grana, o real, o money, o faz me rir, esta frase estaria totalmente errada:"...porque sem mim nada podeis fazer."
João 15:5 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

“Para mim o viver é…”

Ricardo Barbosa de Sousa
O psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905–1997), judeu, escreveu um impressionante relato sobre o tempo que passou nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Em setembro de 1942, ele e sua família (sua mulher estava grávida) foram levados para diferentes campos de concentração. Sua maior preocupação naqueles anos de sofrimento, sem ter notícias de sua família e sem saber se sairia vivo, foi encontrar algum sentido para a vida num ambiente dominado pela mais absoluta desolação. Foi diante desta experiência que ele disse: “Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”.
Os temas mais importantes da vida só são considerados e refletidos com profundidade quando, por alguma razão, nos vemos privados deles. Somente quando sofremos algum tipo de perda é que reconhecemos o valor do que nos foi tirado. Assim é com a liberdade, a amizade, a fé, a esperança, a justiça.
Numa cultura tecnológica e pragmática, nos preocupamos mais com o “como” e menos com o “porquê”. Nós nos preocupamos mais com o gozar a vida e menos com seu sentido. A não preocupação com o porquê nos torna mais impulsivos e menos reflexivos. Mais vulgares e menos humanos.
Uma declaração do apóstolo Paulo que me impressiona -- e que tem me ajudado a refletir sobre o sentido da vida -- é o que ele diz aos cristãos de Filipos: “Para mim o viver é Cristo”. Quando penso que ele fez essa declaração de dentro de uma prisão, aguardando julgamento e com um futuro incerto, ela ganha um peso e significado enormes. É o porquê dando sentido ao como. Se tomarmos apenas a primeira parte da frase: “Para mim o viver é…”, como seria formulado o final?
Imagino que muitos diriam: “Para mim o viver é minha família”. Um bom sentido para a vida. Muitos reconhecem na família sua maior riqueza. Vivem para atender e suprir as necessidades daqueles que amam. Ter na família um porquê para viver pode ser um bom princípio. Outros talvez diriam: “Para mim o viver é o meu trabalho, a minha carreira”. Muitos encontram no trabalho um sentido para a vida. Vestem a camisa da empresa, sacrificam a saúde, o casamento e a família, sonham com promoções, bônus, viagens, prêmios, reconhecimento. Realizam-se na profissão. Outros diriam: “Para mim o viver é viajar, curtir a vida”. E por aí vai. Todos buscam, com maior ou menor profundidade, um sentido para viver.
Paulo escolheu Cristo como razão última de sua existência. Poderia ter escolhido carreira ou mesmo a família, mas reconheceu que, embora estas sejam realidades importantes na vida, não são suficientes para sustentar o sentido maior da existência humana. Mesmo estando preso e privado do trabalho e do convívio com as pessoas que amava, ele se alegrava com a possibilidade de pregar o evangelho de Cristo para os membros da guarda pretoriana. Cristo dava sentido não só à sua vida, mas também à sua morte.
Viktor Frankl descreve em seus relatos do campo de concentração que, além de sua fé em Deus, ele procurava manter viva a lembrança de sua esposa, com quem conversava em sua imaginação durante as longas marchas no inverno rigoroso. Ele dizia que o desejo de reencontrá-la dava-lhe ânimo. Quando terminou a guerra ele descobriu que sua querida esposa havia morrido de esgotamento -- além dela, perdeu seus pais e irmão.
Mesmo que a família e o trabalho sejam valores nobres e que nos enchem de significado, sabemos que podemos perdê-los, e o vazio que se segue é insuportável. “Para mim o viver é Cristo” transcende as realidades deste mundo e nos envolve num cenário que nos enche de sentido tanto na vida como na morte. Quando depositamos nossa confiança e esperança em Cristo, podemos afirmar, como Paulo: “Por esta razão sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia” (2Tm 1.12).
Nas palavras de Viktor Frankl, “pode-se tirar tudo de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas -- escolher a própria atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho”.
• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Morre o homem com uma visão tal, que na prisão fundou uma Universidade popular entre os detentos. Mandela!

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, África do Sul. Em 1991, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Morre um estadista que sempre lutou pela paz e igualdade entre a raça humana.

"Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração" (Mandela)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

De bolso vazio!

Ricardo Barbosa de Sousa
O psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905–1997), judeu, escreveu um impressionante relato sobre o tempo que passou nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Em setembro de 1942, ele e sua família (sua mulher estava grávida) foram levados para diferentes campos de concentração. Sua maior preocupação naqueles anos de sofrimento, sem ter notícias de sua família e sem saber se sairia vivo, foi encontrar algum sentido para a vida num ambiente dominado pela mais absoluta desolação. Foi diante desta experiência que ele disse: “Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”.
 
Os temas mais importantes da vida só são considerados e refletidos com profundidade quando, por alguma razão, nos vemos privados deles. Somente quando sofremos algum tipo de perda é que reconhecemos o valor do que nos foi tirado. Assim é com a liberdade, a amizade, a fé, a esperança, a justiça.
 
Numa cultura tecnológica e pragmática, nos preocupamos mais com o “como” e menos com o “porquê”. Nós nos preocupamos mais com o gozar a vida e menos com seu sentido. A não preocupação com o porquê nos torna mais impulsivos e menos reflexivos. Mais vulgares e menos humanos.
 
Uma declaração do apóstolo Paulo que me impressiona -- e que tem me ajudado a refletir sobre o sentido da vida -- é o que ele diz aos cristãos de Filipos: “Para mim o viver é Cristo”. Quando penso que ele fez essa declaração de dentro de uma prisão, aguardando julgamento e com um futuro incerto, ela ganha um peso e significado enormes. É o porquê dando sentido ao como. Se tomarmos apenas a primeira parte da frase: “Para mim o viver é…”, como seria formulado o final?
 
Imagino que muitos diriam: “Para mim o viver é minha família”. Um bom sentido para a vida. Muitos reconhecem na família sua maior riqueza. Vivem para atender e suprir as necessidades daqueles que amam. Ter na família um porquê para viver pode ser um bom princípio. Outros talvez diriam: “Para mim o viver é o meu trabalho, a minha carreira”. Muitos encontram no trabalho um sentido para a vida. Vestem a camisa da empresa, sacrificam a saúde, o casamento e a família, sonham com promoções, bônus, viagens, prêmios, reconhecimento. Realizam-se na profissão. Outros diriam: “Para mim o viver é viajar, curtir a vida”. E por aí vai. Todos buscam, com maior ou menor profundidade, um sentido para viver.
 
Paulo escolheu Cristo como razão última de sua existência. Poderia ter escolhido carreira ou mesmo a família, mas reconheceu que, embora estas sejam realidades importantes na vida, não são suficientes para sustentar o sentido maior da existência humana. Mesmo estando preso e privado do trabalho e do convívio com as pessoas que amava, ele se alegrava com a possibilidade de pregar o evangelho de Cristo para os membros da guarda pretoriana. Cristo dava sentido não só à sua vida, mas também à sua morte.
 
Viktor Frankl descreve em seus relatos do campo de concentração que, além de sua fé em Deus, ele procurava manter viva a lembrança de sua esposa, com quem conversava em sua imaginação durante as longas marchas no inverno rigoroso. Ele dizia que o desejo de reencontrá-la dava-lhe ânimo. Quando terminou a guerra ele descobriu que sua querida esposa havia morrido de esgotamento -- além dela, perdeu seus pais e irmão.
 
Mesmo que a família e o trabalho sejam valores nobres e que nos enchem de significado, sabemos que podemos perdê-los, e o vazio que se segue é insuportável. “Para mim o viver é Cristo” transcende as realidades deste mundo e nos envolve num cenário que nos enche de sentido tanto na vida como na morte. Quando depositamos nossa confiança e esperança em Cristo, podemos afirmar, como Paulo: “Por esta razão sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia” (2Tm 1.12).
 
Nas palavras de Viktor Frankl, “pode-se tirar tudo de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas -- escolher a própria atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho”.
 
• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

Fonte: ultimato.com.br