segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Assoreados da Verdade

Gosto de caminhar para pensar, e essa semana caminhei bastante. Nas caminhadas me intrigava o texto que estou lendo com a minha congregação, Carta de Paulo aos Filipenses, especificamente o verso 18:
“Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda”
Como poderia o apóstolo dos gentios, grande pensador e propagador da Eclesiologia que conhecemos, vivemos e ensinamos, se apresentar passivo com aqueles que, de maneira vil, proclamam a Cristo? Isso me intrigou muito, mas então houve uma luz vinda dos céus durante a caminhada.
Paulo prioriza: a Mensagem!
Independentemente de quem a proclama, ou como se proclama, o importante é que seja proclamada, dado que a Mensagem, o Evangelho de Salvação é suficiente para que o ser humano pecador entenda seu estado e conheça o que o Cristo, centro e motivo do Evangelho, fez.
Ou seja, por mais que digamos que estão corrompendo o Evangelho, o verdadeiro Evangelho jamais será corrompido, pois seria dizer que o Cristo, O Evangelho o poderia também ser corrompido. Logo, Paulo não vê problema algum que esses, que tem interesse econômico e com a quantidade de público, falem. Deixa eles pregarem! Ainda que a Mensagem esteja fragmentada, seja misturada com teologia da prosperidade, ou ‘misticismo gospel’, se a pessoa ouvir, poderá haver esperança!
A fala de Paulo está atrelada ao seguinte fato:
Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei. (Isaias 51.15)
Sendo assim, somos lembrados que DEUS tem compromisso com a SUA Palavra para A cumprir e em nenhum momento ELE diz que o ministrante, profeta, pregador, arauto, é infalível e digno de crédito, A NÃO SER QUE o mesmo esteja de acordo com a Palavra dELE, e mesmo assim, o crédito será pela Palavra, e somente por ela, que está sendo falada e não o anunciante, de novo.
Eu, de certa forma, fui extremamente zeloso quanto a esse caso. “Esse camarada pregar? Pregação assim?” Mas Paulo me deu um tapa na cara:
Deixa o cara pregar, homem!
Isso porque, mesmo sendo rala, mas contendo o Evangelho, as pregações dos ‘invejosos’ podem assorear a mente do ouvinte com verdades que, se forem “buscadas como o ouro”, criarão uma sede/fome de se entender o que o Evangelho sempre quis dizer: DEUS amou o mundo através do sacrifício de Cristo.
De certa forma, esse assoreamento assevera o fato de que somente a Verdade é que liberta, por mais que essa Verdade esteja diluída em outras coisas, mas ainda sim é “poder de DEUS para salvação...” (Romanos 1.16)
Então deixaremos as coisas como estão?
De maneira nenhuma”! diz o próprio Paulo em Romanos, pensando que: se pregar de qualquer jeito e pregar da forma certa dá no mesmo, é a mesma questão que Paulo combate:
...permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! ...” (Romanos 6.1,2)
Precisamos entender que essa deve ser uma exceção. E aqueles que entenderam – você que está lendo, por exemplo! – Não pode ser tomado por inocente, pois se você sabe o bem que tem de fazer (pregar bem), se não o fizer estará pecando. (Tiago 4.17)
O alerta maior é apenas para não sair arrancando microfone, expulsando em nome de Jesus, ou constrangendo a Igreja por falar do invejoso que está pregando. (Se bem que vontade não falta)
Não! Lembre-se que Paulo disse para deixar esse pessoal pregar.
É, deixe eles! Pois o SENHOR, e somente ELE, mostrará quem realmente é conhecido dELE não só por praticar a pregação, mas viver a ‘loucura da pregação’ do Evangelho. (1Corintios 1.18)
Adendo: não estou levantando ‘Bandeira de Paz’ àqueles que sobem no púlpito para pregam por inveja, porfia ou dissenções, apenas exponho que Paulo pede paciência para com estes. Já em Tito... (Tito 1.10,11)
Na Paz do SENHOR do Evangelho que Paulo pregava.
Judson Brito - Evangelista na AD Belém/PA, admirador da Carta a Tito.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Não deveria caber aos senadores decidir sobre a manutenção da prisão de outro senador.


Galera,

O Brasil assiste agora na TV Senado mais uma anomalia que protege os políticos de serem julgados pela Justiça como qualquer cidadão que tenha cometido um ato ilegal. O senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso na manhã de hoje, acusado de obstruir a Justiça na investigação Lava Jato.

Agora, segundo a Constituição Federal, caberá ao Plenário do Senado decidir pela manutenção ou não da prisão do senador.

Antecipo aqui meu voto: Não sou eu – nem nenhum parlamentar – quem deve soltar o senador Delcídio (apesar da Constituição dar a nós senadores essa prerrogativa). Isso é papel da Justiça, se assim entender correto, para que o julgamento siga seu curso natural.

Não podemos continuar dividindo este país entre cidadãos de primeira e de segunda classe. Se o Supremo Tribunal Federal tem autoridade, legitimidade e independência para julgar os crimes cometidos por todo cidadão brasileiro, porque não teria condição de decidir se Delcídio deve ou não continuar preso?

Esta é uma anomalia que, infelizmente, ainda encontra lugar na nossa legislação, mais especificamente na Constituição Federal.

Tem mais, é um absurdo ainda termos no Regimento do Senado Federal a garantia de voto secreto para casos como este. Esta discussão já deveria estar superada, a população tem o DIREITO de saber como votam seus representantes.

Então fica aqui minha indignação, NÃO CABE OS SENADORES DECIDIR SOBRE A MANUTENÇÃO DA PRISÃO DO DELCÍDIO, assim como é INACEITÁVEL que, tendo ainda este tipo de ação amparo legal, que a população seja privada de saber como vota cada senador.
Senador Romário

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Senado Federal aprova Lei de Punição a pais por faltas a reuniões escolares


Punições para os pais que não comparecem à escola dos filhos foram aprovadas pela Comissão de Educação e agora serão votadas pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Entenda:http://bit.ly/1NhUumF

Existe também um projeto que permite aos pais faltarem do trabalho duas vezes por ano para participarem de reuniões escolares:http://bit.ly/1PLXd5p.

Opine: http://bit.ly/1EClJQO

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É incrível: as pessoas fazem filhos por vaidade (ter um bb fofinho, suprimento de lacunas emocionais e outros), por compromisso social com a espécie (povoamento da terra já povoada) também pode ser por imprudência ou até mesmo por planejamento, dentre outros inúmeros incertos e não sabidos motivos.Como se a aquisição de um ser humano fosse como a aquisição de um objeto muito desejado (que tem valor, é amado, mas precisa de manutenção e demanda tempo), e depois não querem arcar com as consequências (óbvias) que incidem sobre a aquisição do "bem".Aí o Estado tem que discutir assuntos como este pq os pais da criança (adquirida por eles via produção biológica) não estão cumprindo seus "deveres"? a resposta do paraense é: égua, pior,né!?‪#‎refletindo‬

Maely Gouveia

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A responsabilidade é nossa, da igreja!

                                                                                         Por Rodrygo Gonçalves
Quantos Missionários tem ido a campo sem apoio, sem sustento e sem cobertura de oração? Quantas igrejas têm ignorado o “ide” e deixado de apoiar, sustentar e cobrir missionários em oração?
Pessoalmente, é bem difícil falar desse assunto, pois me preparei para ser missionário em tribos indígenas (2008 e 2009), fui reconhecido como missionário pela igreja, meu pastor que era “limitado”, pois era apenas pastor de adolescentes, me ofertou a passagem, mas só pôde de ajudar com isso, e fui! Mas por vários motivos voltei e não fui mais por falta de apoio da igreja. Hoje sou pastor de jovens e quero fazer pelos missionários aquilo que não fizeram por mim.
A bíblia deixa bem clara a responsabilidade da igreja de cumprir o “ide” em todas as Nações (Mc 16: 15; Mt 28: 19), se pensarmos a igreja como instituição e templo, ela jamais alcançará uma outra nação. Mas o Apostolo Paulo nos mostra a igreja como um corpo que possui vários membros (1 Co 12: 12-27), pensando dessa forma é possível enviar um membro desse corpo para representar a igreja no cumprimento do “ide” a uma outra nação. 
O Apostolo Paulo foi enviado pela igreja de Antioquia (At 13: 1-3) e na carta aos romanos fala a eles sobre a importância do envio: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10: 14, 15 grifo meu).
É responsabilidade da igreja não apenas reconhecer (como fizeram comigo), mas enviar! Ou seja, dar apoio em todas as áreas necessárias, tanto financeira quanto espiritual, cuidar como um membro do corpo em tudo: “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele” (1 Co 12: 26 grifo meu).
Sei que existem muitos missionários que vão ao campo sem apoio da igreja, muitas vezes sem preparo nenhum, não os culpo, pois na maioria dos casos é a igreja que não se importa com missões transculturais, pois só trazem custos, investir em um missionário “é investimento sem retorno” se pensarmos de forma humana. A maioria das igrejas de hoje querem evangelizar pessoas para serem membros de suas igrejas, transformando-se em dizimistas e ofertantes, esquecem que a prioridade é onde o evangelho ainda não foi anunciado (Rm 15: 20).
A pior de todas as situações é quando a igreja envia o missionário e o abandona no campo, o missionário vai com tanta esperança, acreditando nas promessas de apoio financeiro e espiritual, mas quando está lá é esquecido. Infelizmente isso tem sido mais comum do que imaginamos. O corpo deixa um membro morrer!
Não é saudável um missionário ir ao campo sem apoio de uma igreja, mais a omissão e abandono da igreja tem feito a exceção virar regra! Precisamos refletir e renovar nossa mente quanto a missões.

domingo, 15 de novembro de 2015

Campanha abortista com atores da Globo tem segundo maior índice de reprovação da história do Youtube

Por Renato Vargens

O vídeo (veja abaixo) em que diversos atores da Rede Globo de Televisão fazem uma defesa incondicional ao aborto (MEU CORPO MINHAS REGRAS), em pouco mais de 10 dias já alcançou uma marca histórica, de ter o segundo maior índice de reprovação da história do Youtube com 85 % de deslike, atrás apenas do vídeo do clipe de Rebecca Black – Friday, que, segundo informações da revista Super Interessante, alcançou a desaprovação de 88% (deslike) no maior portal de vídeos do mundo.

Pois é,  para desespero da esquerda que defende o assassinato de crianças a população brasileira é conservadora. Sim! Isso mesmo, o povo brasileiro rejeita e condena o aborto e por mais que uma minoria tente de todas as formas introjetar leis que normatizem o assassinato de crianças, o povo mediante manifestações populares e democráticas, tem dito não ao assassinato de crianças.

Concluo mais uma vez afirmando que vida humana é um dom de Deus, e que não há nada mais criminoso e mais anti-cristão do que o aborto. Afirmo também que toda e qualquer tentativa de aborto afronta diretamente o Criador  e Senhor de todas as coisas e que o Eterno, no dia do juízo final não terá por inocente os que defenderam o assassinato de crianças.

Pense nisso!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A Reforma Protestante em Quatro Doutrinas


por Christian Gillis
Aos 31 de outubro de 1517, Matinho Lutero afixou as 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, dando início ao movimento que viria a ser conhecido como Reforma Protestante, engrossado por outras pessoas que Deus levantou, como Zwínglio, Calvino, John Knox entre outros. Deste movimento se originaram, direta ou indiretamente, as chamadas igrejas evangélicas. O interesse pela Reforma não é o de um antiquário ou historiador apenas, mas sim o de verificar a identidade, o significado e a relevância desse evento histórico para nossos dias, com o propósito de receber inspiração da fé ali vivenciada. O que Karl Marx teria percebido ao fazer esta declaração?
"Lutero venceu a servidão pela devoção, porque ele substituiu a última pela convicção. Ele quebrou a fé na autoridade, por que restaurou a autoridade da fé."
As teses de Lutero representam um marco para a recuperação da sã doutrina. Elas registram o início da teologia que produziu a reforma na igreja. Embora ainda fizessem referência a resíduos do romanismo tais como: o purgatório, o papado, os santos e Maria como mãe de Deus, sem contestá-los a princípio, percebemos, já nesse momento, as formulações embrionárias das doutrinas que vão caracterizar a identidade protestante.

De fato, Lutero não elaborou novas doutrinas, mas, numa volta à Bíblia como fonte de conhecimento teológico e espiritual, elucidou a mensagem consignada nas Escrituras que se encontrava soterrada sob os escombros da tradição medieval. Podemos resumir a mensagem da Reforma a alguns postulados:

1. A autoridade das Escrituras – Sutilmente, durante o período medieval, as tradições tornaram-se o fator fundamental para determinar os conteúdos da fé e da moral. Um monte de entulho asfixiou a mensagem bíblica. A Reforma resgatou e restabeleceu a Escritura como fonte suprema e final quanto ao conhecimento de Deus e da sua vontade, para o indivíduo e para a igreja.

2. Justificação pela graça mediante a fé – Contestando a compreensão romanista de salvação por mérito pelas obras, que tinha como símbolo distintivo a venda de indulgências (compra do perdão) a Reforma resgatou o ensino bíblico de que a salvação (perdão, aceitação diante de Deus e santificação) é concedida gratuitamente por Deus àqueles que confiam em Jesus como seu salvador. A salvação não pode ser comprada, mas procede da misericórdia de Deus para com o pecador que se volta para a cruz de Jesus. As boas obras são decorrência da fé genuína, que faz o pecador experimentar o amor de Deus em sua vida e voltar-se agora em amor às pessoas a quem Deus ama.

3. A centralidade de Cristo – A igreja romana enalteceu o papa como cabeça da igreja e representante terreno da esfera celestial. Também Maria e os santos eram mediadores e intercessores junto a Deus. A reforma acentua que Cristo é o único mediador entre Deus e os homens. Só ele tem poder para efetivamente perdoar pecados. A sua obra na cruz é suficiente e exclusiva para a nossa salvação. É Ele que intercede junto a Deus, como advogado, por aqueles que Nele confiam.

4. Sacerdócio de todos os crentes – Contrastando com o ensino de que somente a hierarquia da igreja (o clero) constitui o sacerdócio autorizado para representar a Deus diante dos homens e vice-versa, a Reforma ensina o sacerdócio universal, isto é, que todos podem comparecer diante de Deus, estudar a sua palavra e ser agentes a seu serviço. A Reforma, conquanto reconheça vocações eclesiais específicas, afirma que todo o povo de Deus é igreja, uma igreja onde todos são chamados a servir a Deus. A vocação de cada crente para servir na sociedade humana é serviço a Deus.

Com essas e outras afirmações, os reformadores conseguiram minimizar o distanciamento da igreja medieval do modelo observado no Novo Testamento. Conquanto a obra da Reforma não tenha sido completa – e os descendentes espirituais da reforma compreendam que a igreja reformada está constantemente se avaliando à luz do padrão bíblico – a Reforma continua sendo um marco para uma genuína identidade evangélica, em meio ao conturbado contexto religioso contemporâneo.
Essas doutrinas provocaram uma enorme transformação social porque, na verdade, foram a plataforma para a libertação pessoal diante de Deus.

Christian Gillis é pastor na Igreja Batista da Redenção, membro do Conselho Gestor da Aliança Evangélica e coordenador em Minas Gerais da Fraternidade Teológica Latino-Americana/ Setor Brasil. Twitter: @prgillis

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Crises pessoais e familiares


Todos nós enfrentamos crises – algumas pequenas, outras grandes, algumas duradouras outras breves, algumas conosco mesmo outras com outras pessoas, algumas são meio que previsíveis outras nem tanto, mas é certo que TODOS indistintamente enfrentamos crises, crises no casamento, na família, no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, na igreja...

Os chineses têm uma língua de símbolos – para a palavra crises eles têm uma junção de dois símbolos, o da OPORTUNIDADE e o do PERIGO. Pensando nesta forma sábia de encarar as crises, podemos então chegar à conclusão de que crises são oportunidades perigosas que nos abalam mostrando que nossa estrutura atual não é adequada.

O que seria apenas um problema ou um desafio se mostra uma crise quando enxergamos que não temos (ou achamos que não temos!) recursos EMOCIONAIS, ESPIRITUAIS, FINANCEIROS ou OUTROS PARA CONSEGUIR ADMINISTRAR BEM A SITUAÇÃO.

Existem várias maneiras de responder às CRISES que vem até nós e gostaria que analisássemos três delas a princípio:

I – Primeira maneira de responder a uma CRISE – aguentando a pressão
No primeiro momento da crise, enfrentamos de uma forma como alguém que está longe de casa, a pé e no meio do caminho uma chuva forte inicia-se e então decidimos andar indo pra casa, mesmo com a chuva e o vento forte batendo no rosto, olhando pra baixo, caminhando passo após passo, esperando que ao chegar em casa a crise passe, apesar de naquele momento estarmos congelando, frustrados, molhados, correndo risco de pegar uma gripe forte, mas nos apegamos ao fato de que se andarmos, mesmo em meio a tantas dificuldades ao chegarmos em casa estaremos bem.

Para isso nos apegamos a trechos bíblicos e talvez o mais usado para isso seja justamente o de Hebreus 12.1 e 2.

“...visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia e está assentado a direita do trono de Deus.”

Essas crises geralmente envolvem relacionamentos com pessoas e numa tendência de aguentar firme procuramos apoio em amigos, em Deus, nos apegamos as passagens bíblicas que podem nos dar consolo. Geralmente nestas horas encontramos com mais facilidades passagens que nos confortam e nos encorajam e nos mostram que estamos agindo corretamente, suportando tudo para no final termos a vitória.

Quando a crise não passa e então os problemas não desaparecem, os versículos parecem não ter mais a força de nos encorajar, os amigos não sabem mais o que dizer e parece que até Deus está tão longe que não conseguimos ouvir sua voz, abre-se a nossa frente dois tipos de caminho:

Retroceder ou Superar a Crise.

II – Segunda maneira de responder a uma CRISE – retrocedendo ou recuando
Algumas pessoas são gatos escaldados e fogem na hora que a crise se manifesta, outros, depois de muito sofrimento é que retrocedem ou recuam. Muitas pessoas retrocedem, voltam para trás. Abandonam a “fé” que tinham a convicção ou equilíbrio, a maturidade ou confiança que havia ganhado e voltam para um paradigma do passado, algo que servia na época, mas que já haviam deixado para trás. Estas pessoas, quando a crise passa, realmente estão piores do que quando a crise chegou. Pode ser que suas circunstâncias sejam piores como no caso de um casamento acabado, um emprego perdido ou uma grande perda financeira. Mas o que realmente importa é se a vida interior piorou, se a pessoa demora muito para recuperar sua fé, confiança, amor, esperança ou se às vezes nunca as recupera.

Podemos pensar em um texto que mostra justamente este tipo de pessoa, Hebreus 10.32-39

Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados. Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.”
Essa não é uma prática solitária de pessoas que não “prestam”, mas os chamados “gigantes da fé” também dela sofreram. Vejamos:
a)   Abraão entrega sua mulher para Abimeleque para não correr o risco de ser morto por ele (Gênesis 20)
b)    Pedro negou a Jesus para não ser preso junto com ele e condenando a morte (Mateus 26.69-75)
c)    José (Gênesis 41 e42), ao encontrar com seus irmãos demonstra retrocesso na sua vida e não um homem perfeito, sofrido e calejado como parecia. Os nomes de seus dois filhos poderiam refletir que ele tinha já superado as crises de ter sido vendido por seus irmãos, de ter sido acusado e preso por causa da mulher de Potifar e de ter sido esquecido pelos seus companheiros de prisão.
i.)    Manassés significa: Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai.
ii.)    Efrain significa: Deus me fez prosperar na terra onde tenho sofrido.
Em José podemos encontrar algumas características de uma pessoa ferida que resolve recuar ou retroceder no meio da crise:
a)   Coloca uma máscara não se deixando reconhecer pelos seus irmãos que o feriram – Gênesis 42.7 em diante.
b)   Fala asperamente quando só é necessário falar palavras simples – Gênesis 42.7
c)   Lembranças e até sonhos são doloridos para ele – Gênesis 42.9
d)  Ele acusa (fazendo o papel de Satanás) porque se sente ferido e magoado não porque encontra falhas nos outros – Gênesis 42.9
e)  Não ouve o que não quer ouvir – só escuta o que quer para justificar suas atitudes – Gênesis 42.12
f)   Faz demandas, impondo suas perspectivas ou manipulando os outros para que façam o que ele quer – Gênesis 42.14-16
g)   Faz os outros sofrerem – Gênesis 42.17
h)   Se chora é um choro de tristeza segundo o mundo (II Coríntios 7.8-11) e não um choro que cura, que alivia – Gênesis 42.24

Crises que nos derrotam e derrotam até mesmo GIGANTES DA FÉ, como Abraão, Pedro, Davi e José, mas maior fato de tudo isso é que ele VOLTARAM de suas derrotas, pois, mais importante que a crise por que passaram é o que fizeram depois que o tempo delas passou.

III – Terceira maneira de responder a uma CRISE – superando
Relativamente poucas pessoas conseguem superar as crises. A maioria acha que está fazendo isso quando aguenta até as crises passarem. Mas elas não crescem, não são pessoas melhores, mais maduras, mais sábias ou mais equilibradas do que antes. Continuam as mesmas e por isso digo que na verdade, não superaram a crise, apenas sobreviveram a ela.

Quem supera uma crise é a pessoa que enxerga que Deus está agindo por meio da crise. Para ser honesto, a maioria de nós encara as crises muito mais sob a ótica do perigo, do que da oportunidade! Ao invés de simplesmente tolerar a crise, devemos procurar os propósitos de Deus no meio dela, as oportunidades que Ele está abrindo. Além de ser um mecanismo de defesa, quando fazemos isso e acabamos “descobrindo” grandes propósitos de Deus para que as pessoas ao nosso redor mudem. Quem verdadeiramente supera uma crise é aquele que descobre o que Deus está querendo fazer nele (Tg 1.2-5). Essa pessoa se quebranta e deixa Deus fazer plenamente Sua obra nela. Ela entrega a estrutura falida que não está conseguindo administrar a crise e pede para Deus lhe revelar uma nova estrutura interna, uma nova forma de enxergar a vida e especialmente os propósitos d’Ele.

Esta pessoa persevera não para simplesmente resistir até que a prova ou crise passe, mas persevera na luta com Deus, como Jacó (Gn 32.22-32), até que Deus toque nela de maneira que sua vida nunca mais seja a mesma.

“...ficando ele só e lutava com ele um homem, até ao romper do dia”
“...tocou-lhe a articulação da cocha
“...E o abençoou ali

Gênesis 32.22-32

Erik Erikson, Piaget ou Kohlberg (psicólogos) falam que todo ser humano passa por fases ou etapas e que cada uma delas é necessária à vida, porém em determinado ponto estas fases, mesmo que saudáveis, mostram-se inadequadas para novas realidades que devemos enfrentar. Então entramos num período de desequilíbrio (crise) para encontrarmos uma nova estrutura adequada, portanto o desequilíbrio é a porta para a oportunidade para o crescimento – é a “oportunidade perigosa” que chamamos de crise.

Quando não passamos por elas, e as superamos, não atentamos para o fato de ficarmos congelados, sem crescimento que Deus quer que tenhamos, indo em direção à Cristo – assim muitos de nós não estão dispostos a abrir mão de nossas estruturas, de nossos paradigmas ou de nossa cosmovisão – insistimos em ficar naquilo que fomos ensinados e perdemos a oportunidade perigosa de CRESCERMOS diante e para Deus – suportamos tudo ou mesmo retrocedemos ao invés de crescermos.

Oswald Chambers em seu livro devocional Tudo para Ele escreve:
                                                
No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor - Isaías 6.1 A história da nossa experiência com Deus é freqüentemente a história da “morte do herói”. Muitas e muitas vezes Deus tem tido que afastar nossos amigos para colocar-se no lugar deles, e é aí que desfalecemos, falhamos e desanimamos. Aplique essa verdade à sua vida: no ano em que “morreu” aquele que representava para mim tudo o que Deus é – eu desisti de tudo? Adoeci? Fiquei desanimado? Ou – vi o Senhor? Minha visão de Deus depende do estado do meu caráter. O caráter determinará a revelação. Antes que eu possa dizer “Vi o Senhor”, é preciso que haja em meu caráter algo de Deus. Enquanto eu não nascer de novo e não começar a ver o Reino de Deus, verei as coisas apenas do ponto de vista dos meus preconceitos. Preciso submeter-me a uma remoção dos eventos externos, e de uma purificação interior.

É preciso que Deus ocupe o primeiro lugar, o segundo lugar, o terceiro lugar, etc., até que a nossa vida esteja fixamente voltada para ele, e ninguém mais tenha importância para nós. “Em todo o mundo, não há ninguém mais além de ti, meu Deus, ninguém mais além de ti!” Continue a pagar o preço. Mostre a Deus que você está disposto a viver de acordo com a visão. Eu me pergunto: “Qual esse preço?” Pode ser diferente para cada um de nós, mas de forma geral acho que tem a ver com colocar Deus em primeiro lugar e buscar a Ele acima de todas as coisas. Seja dentro da crise, seja quando não estou em crise. Crescer n’Ele, andar de glória em glória, o tempo todo!

Quando você enfrenta uma crise, não pense apenas em como sair dela ou como perseverar até ela passar, pense em superá-la, contorná-la para que seja uma oportunidade de crescimento, de quebrantamento, de ver a glória de Deus liberado em você e através de você. Quando outros ao seu redor passam por crises, não pense primeiro em como protegê-las ou como ajudá-las a escapar da crise. Pergunte para Deus o que Ele está fazendo e procure acompanhar os propósitos d’Ele para que essa pessoa possa deixar de ser vítima, superar a fase de sobrevivente e abraçar a vida como vencedor!

A superação de qualquer crise não se dá simplesmente pelas determinações pessoais ou espirituais, mas sim pelo processo de amadurecimento pessoal.

Esse é um processo de VIDA CRISTÃ e não uma parte do ministério.
Prof. Gedeon J Lidório Jr

Profa. Auriciene Araújo Lidório

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

REFORMA JÁ!


No início do Século XVI, o mundo estava no limiar de grandes mudanças, as quais alterariam para sempre a forma de as pessoas verem a vida e o mundo ao seu redor. No aspecto político, as mudanças ocorrem com o surgimento das nações-estados, quando a Europa começa a se fragmentar em países politicamente independentes uns dos outros. Surgem então países como a Inglaterra, França, Espanha, Portugal, livres e soberanos, não mais subordinados a um poder central e dominador, anteriormente representado pelo papado.

No aspecto geográfico, as grandes navegações realizadas por Portugal e Espanha, que logo se tornaram duas superpotências, desencadearam as grandes descobertas de novas terras, fazendo com que o mundo não se limitasse mais à Europa. O novo mundo trouxe novos horizontes de conquista e expansão, com seus desafios e problemas, mas também com suas enormes riquezas.

As mudanças políticas e geográficas forneceram as bases para grandes mudanças intelectuais. Dentre as grandes transformações intelectuais, destaca-se o surgimento do humanismo cristão, capitaneado por um profundo interesse pelo estudo das Escrituras Sagradas e das línguas bíblicas originais. Foi quando se começou a fazer uma primorosa comparação entre o Novo Testamento e o que a Igreja Católica Romana estava vivendo. Destaca-se entre os humanistas o célebre Erasmo de Rotherdan, que influenciou os reformadores com o seu notável Novo Testamento Grego.

Na esteira dessas incontornáveis mudanças, ocorreram também mudanças religiosas, em contraposição ao autoritarismo da Igreja Católica Romana, que se tornou insustentável. De certa forma, ficou patente que o catolicismo romano não mais preenchia os anseios espirituais do povo que buscava uma religião satisfatória e prática, tampouco respondia às suas indagações e expectativas quanto ao futuro e a eternidade.

Nesse ambiente vicejou uma indefectível reforma da religião, cujo escopo tinha a finalidade de levar as pessoas a se aproximarem de Deus “sem outros intermediários” e tão somente através de um relacionamento íntimo com Ele através da fé em Jesus Cristo.

Foi então que um obscuro monge chamado Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517, afixou um documento composto de 95 teses na porta da Catedral de Wittemberg, na Alemanha, no qual conclamava a Igreja a voltar à obediência da Palavra de Deus e às práticas evangélicas da Igreja Primitiva, conforme constam nas Sagradas Escrituras. Esse evento simples, normalmente utilizado por aqueles que queriam discutir publicamente alguma proposta acadêmica de cunho bíblico ou teológico, tomou um volume descomunal, até que desencadeou o que conhecemos historicamente como a Reforma Protestante.

Gostaria de ressalvar a minha absoluta despretensão em polemizar com os cristãos católicos, a quem respeito e amo no amor de Jesus. Mas posso considerar, com a ênfase que o caso requer, que a Reforma só aconteceu porque a Igreja estava espiritualmente em decadência, pois se distanciara muito da pureza do Evangelho. Naquele tempo, a Igreja preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com os assuntos espirituais. Assim, ao buscar aumentar ainda mais suas riquezas, vendia indulgências, cargos eclesiásticos e relíquias, tudo como forma de os fiéis adquirirem bênçãos ou simplesmente se manterem submissos ao sistema.

Agora, já chegando aos quinhentos anos da Reforma Protestante, não seria precipitado afirmar que, em muitos aspectos, precisamos de uma Reforma dessa Reforma. Basta observar a atual situação das igrejas, tanto evangélicas como católicas, e constatar a pouca influência que produzem na sociedade. Se isso não bastar, não custa olhar a situação do Brasil para constatar que falta luz nas densas trevas morais do país e falta sal para preservar o tecido social da nação em face dessa espessa corrupção ética.

O contexto em que vivemos, hoje, no Brasil é profundamente preocupante, com um país dividido e em crise. E tal crise tem nome e origem: pantagruélica roubalheira dos cofres públicos, sob os auspícios de uma malfadada cleptocracia esquerdista; corrupção desmedida e normalizada no governo, sob o patrocínio do aparelhamento do estado brasileiro; inflação sem controle, economia estagnada, desemprego em alta; degradação das instituições democráticas; socialização da pobreza; hipocrisias escabrosas, mentiras e baixarias inomináveis no trato político, risco à liberdade democrática etc.

Basta! Em muitos aspectos, não estamos muito longe da decadência moral e ética que precede uma verdadeira reforma. É bom lembrar que algoprecisa de reforma quando se deteriorou, ou tomou curso errado, ou se deformou. Assim, reformar é formar de novo, reconstruir, corrigir, retificar, restaurar. Em suma, reformar é fazer um “movimento para trás”, é levar algo à sua situação original.

Precisamos de uma Reforma urgente! Precisamos de uma nova Reforma que nos faça voltar à Palavra de Deus, estudá-la, conhecê-la, praticá-la. Quanto mais obedecermos a Palavra de Deus, ainda mais saberemos sobre a vontade de Deus para as nossas vidas e o seu propósito para a totalidade da história, nossa e do Brasil.

Precisamos de uma Reforma que nos faça retornar ao espírito da primeira Reforma, que evidenciava principalmente a verdade bíblica como norteadora de todas as áreas da vida. Sem a verdade da Palavra de Deus não há Reforma que valha o próprio nome.

Precisamos de uma Reforma da Reforma que nos ajude a manter a prática dos elevados valores cristãos com racionalidade e inteligência, posto que livres em Cristo. Portanto, não devemos nos subordinar a critérios religiosos ou políticos que violem a nossa consciência, principalmente na hora de escolher, apoiar ou rejeitar os nossos governantes, quando isso for necessário.

Precisamos reformar a Reforma, elevando em nós o desejo ardente de manter uma vida limpa e santificada, priorizando acima de tudo a comunhão com Deus, levando-nos a andar de cabeça erguida, com simplicidade e pureza, no exercício da nossa santa influência social como sal da terra e luz do mundo.

Precisamos de uma nova Reforma que nos ajude a ajudar o Brasil a alcançar a posição que corresponda à sua grandeza e importância. Reforma já!
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O que fazer quando desaparece uma criança ou um adolescente?

Na hora do desespero é difícil conseguir raciocinar quais são as atitudes mais importantes a tomar quando um filho ou parente próximo encontra-se desaparecido. Por isso, o CNJ te informa antes alguns procedimentos importantes e que são decisivos para encontrar a criança ou o adolescente que tenha desaparecido. Confira:


Neste informativo do CNJ faltaram algumas informações importantes tais como: Acione imediatamente o Conselho Tutelar, faça cartazes com a foto da criança ou adolescente desaparecida com nome e telefones de contato inclusive o do Conselho Tutelar e divulga o cartaz em todos os meios de comunicação, órgãos públicos, rodoviária, aeroporto, balsa e etc. 

O Conselho Tutelar é o órgão responsável pela proteção dos direitos da criança e do adolescente e garantirá que todos os procedimentos sejam tomados para a localização da criança ou adolescente desaparecida.

domingo, 1 de novembro de 2015

DETERMINAÇÃO SEXUAL


Prof Marcos Santos

O sexo na espécie humana, COMO NAS DEMAIS ESPÉCIES, é determinado por FATORES CROMOSSÔMICOS, GONADAIS, GAMÉTICOS E HORMONAIS. Em humanos macho e fêmea são diferenciados a partir da presença ou não de um cromossomo chamado Y identificado apenas em HOMENS. Os portadores deste cromossomo passam a seguir um caminho que culminará em uma gônada chamada testículo que produzirá o HORMÔNIO TESTOSTERONA e o GAMETA ESPERMATOZÓIDE. 

A ausência do cromossomo Y leva ao surgimento da MULHER, desenvolvimento de OVÁRIOS e produção de PROGESTERONA e ÓVULOS. Logo, se nasce FÊMEA ou MACHO. Não se desenvolve o SEXO do indivíduo, ELE É. 

Quanto aos padrões de SEXUALIDADE pode-se dizer que são uma questão de ESCOLHA ou até mesmo DOUTRINAMENTO. NINGUÉM ENSINOU ao cão ou a qualquer outro animal como um macho ou uma fêmea se comportam, naturalmente eles desenvolvem os padrões específicos ao seu APARATO GENÉTICO e SEXUAL. Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir ERROU FEIO.