Foto: Filipe Faraon / Especial para Terra |
Terminou sem tumulto a manifestação de pelo menos 13 mil
pessoas em Belém, no Pará, na noite desta segunda-feira. Foram duas
horas de concentração e três horas de caminhada com gritos de ordem com
várias reivindicações, a maior parte relacionada à corrupção. Apesar de
momentos de tensão, tudo terminou com elogios mútuos entre manifestantes
e Polícia Militar. Na próxima quinta-feira, haverá outro protesto
semelhante.
Foto: Filipe Faraon / Especial para Terra
|
Em vez de lutar contra aumento de passagens de ônibus,
como em São Paulo e Rio de Janeiro, os paraenses protestaram contra uma
obra inacabada em Belém, o BRT (Bus Rapit Transit). Durante o trajeto,
no entanto, a maioria dos gritos eram relacionados a outros temas. Cada
grupo tinha seu alvo: construção da usina de Belo Monte, Proposta de
Emenda Constitucional 37 ou gastos pela Copa do Mundo.
Na hora marcada, às 16h, as pessoas começaram a se
encontrar na Praça do Operário, em frente ao Mercado de São Brás. As
três horas de caminhada pela avenida Almirante Barroso e o fim do
movimento no Entroncamento foram cumpridos à risca, sem que houvesse
surpresa para os policiais. "Foi pacífico, sem incidentes. Nossa
avaliação é positiva", diz o major Leno Carmo, assessor de imprensa da
corporação. Só após o balanço completo da operação será divulgado o
número de detidos. "O que teve de incidente foi pontual, pessoal, nada
relacionado com o movimento em si", esclarece.
Para manifestantes e para a polícia, o principal motivo
para a tranquilidade do manifesto foi o planejamento cuidadoso. Uma
reunião com quase mil pessoas realizada ontem decidiu horário, trajetos e
outros detalhes. No início da tarde de hoje, uma comissão se encontrou
com representantes da Polícia Militar e de outros órgãos públicos para
acertar os ponteiros. Defensores públicos se propuseram a intermediar o
diálogo e participaram de todo o trajeto. O promotor Harrison Bezerra
lutou contra a PEC 37. "Todo mundo aqui tá indo contra a corrupção, mas
se essa PEC sair e tirar o poder do Minstério Público vai haver
consequências terríveis", explica o promotor.
Fonte: terra
Finalmente nosso povo saiu para as ruas, Chega de apenas falar é hora de agir.
Pr Rodrygo Gonçalves
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